No final do artigo anterior fiz
menção à estratégia do “Oceano Azul”. Mas, será mesmo possível
haver meios de se destacar em um ambiente de competição acirrada?
Em um ambiente em que os concorrentes disputam intensamente um
mesmo mercado, realizando ações praticamente idênticas?
Ou seja, o cenário atual é de um
“Oceano Vermelho”, sangrento, povoado por tubarões e local de
constantes batalhas.
Agora, imagine um Oceano Azul, sem
tubarões, em que um corretor/corretora pode operar com mais espaço
e tranquilidade. O cenário do Oceano Azul se torna possível quando
uma corretor/ corretora torna a concorrência praticamente
irrelevante, criando ou explorando novas possibilidades para um
mercado que até então não tinham sido experimentadas. Em tempos de
vantagens competitivas tão escassas e passageiras, a adoção e o
aprimoramento constante de uma estratégia de Oceano Azul pode
garantir uma diferenciação de mercado ao corretor/corretora que a
realiza.
No início de 2013 o Brasil já
contava com mais de 70.258 profissionais e empresas que atuam no
mercado de corretagem de seguros em plena atividade e de acordo com
o mais recente censo do IBGE – o país tem uma população de 190,7
milhões de pessoas; assim os números apontam que o Brasil tem um
corretor para cada 3 mil habitantes, mas, ainda falta
especialização para atender aos clientes em suas reais
necessidades.
Segundo a Fenacor –
Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de
Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas
Corretoras de Seguros e de Resseguros – a maioria dos corretores
atuam como pessoa física e autônoma. São 45.956 corretores P.F. e
mais de 24 mil P.J..
São 51.276 pontos de venda voltados para todas as modalidades de
seguros, sendo mais 18.982 posições dedicadas à comercialização
exclusiva de seguros de vida, planos de previdência complementar
aberta e títulos de capitalização. Assim, sem medo de errar posso
afirmar que não chegam a 100 o número de corretores que utilizam o
Seguro de Crédito como ferramenta de prospecção e ofereçam esse
produto aos seus clientes e prospects, isso em todo Brasil.
Enquanto mais de 70 mil
corretores/corretoras disputam o mercado oferecendo produtos que
cada vez mais possuem pouca ou nenhuma diferença entre si, existe
na prateleira um Seguro pouco conhecido do público empresarial e
que pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso tanto para
aqueles que o oferecem (corretores/corretoras) quanto para aqueles
que o venham adquirir (empresas).
O Seguro de Crédito é um produto
destinado a empresas que produzam, vendam, distribuam ou
comercializem, um bem, um produto ou um serviço e que tenham como
seus clientes outras empresas. Logo, uma relação de P.J. x P.J.,
onde a cessão ou fornecimento deste bem/serviço tenha sido feita
com a expectativa de se receber mais adiante. E todas as vezes que
cedemos algo que nos pertence com expectativa de recebimento futuro
isso é uma “operação” a crédito.
Não importa se o comprador/devedor
vai pagar sua compra/aquisição em uma única
fatura/boleto/duplicata, de uma única vez ou de forma parcelada. A
questão é: quem vende e não recebe antecipado ou no ato da entrega
todo o valor daquilo que está sendo entregue faz dessa operação uma
venda a crédito.Logo, ao vender com a expectativa de se receber
futuramente o fornecedor passa a correr o risco de crédito, o risco
de não receber.
Toda empresa possui duas
linhas/contas em seu balanço e contabilidade, "o contas à receber"
e "contas à pagar". A questão é que o contas à pagar é líquido e
certo (vai acontecer), toda empresa idônea tem como objetivo honrar
seus compromissos, pagar as suas contas; porém o seu contas à
receber não traz essa mesma certeza (é uma expectativa).
E é justamente neste ponto em que o Seguro de Crédito atua,
tornando os ativos futuros de uma empresa (o contas à receber) em
um valor que vai ser performado de forma líquida e certa, seja pelo
devedor daquele crédito, seja pela Seguradora que garantiu através
do Seguro de Crédito a operação no ato em que mesma aconteceu.
Assim, aquilo que era expectativa, vira certeza com a existência do
Seguro.
Assim, a empresa que tem o Seguro
de Crédito como ferramenta de gestão consegue corresponder as
expectativas e anseios de todos aqueles que estão ligados a
elas de forma direta e indiretamente. O Seguro de Crédito
consegue irradiar seus benefícios
para diversas pontas do sistema. Vejamos!
A empresa que tem seu contas a
receber protegido consegue satisfazer seus acionistas diminuindo as
possibilidades de prejuízos causados por possíveis inadimplentes,
consegue satisfazer seus fornecedores ao ter a capacidade de honrar
com seus compromissos de pagamentos, aos seus clientes ao se manter
competitiva e fornecedora destes, além de seus empregados, governo
e sociedade como um todo.
Portanto, o corretor/corretora que
conseguir levar aos empresários essa “ferramenta de gestão” e
mostrar o quanto esse simples seguro pode ser capaz de transformar
e mudar de forma positiva e contundente a gestão de uma empresa
será, com certeza, mais que um “simples fornecedor” ou um
“fornecedor de commodities”, este será
um stakeholder, um provedor de soluções, responsável
por contribuir de forma gregária no planejamento ou plano em que
seus clientes ou prospects estão envolvidos.
O corretor/corretora que consegue
ter uma visão mais ampla de seu negócio enxergará o Seguro de
Crédito mais do que uma poderosa ferramenta de prospecção, mas um
mecanismo capaz de gerar para seus clientes uma otimização em seus
processos ou projetos de maneira a contribuir para a otimização
deste.
Da próxima vez em que for
prospectar ou visitar seus clientes, seja mais que um
corretor/corretora, seja um provedor de soluções, seja
umstakeholders, pois os stakholders são
elementos fulcrais em termos de planejamento estratégico de uma
empresa ou organização.
Mande suas perguntas e comentários.
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