“Não vendo, não troco e não me
desfaço. Ele ainda está inteiro!”. Esse é o argumento de alguns
proprietários de carros velhos ou “clássicos”, como seus donos
carinhosamente chamam os veículos com mais de dez anos de uso. Boa
parte dos corretores, em algum momento, já teve que responder a
clássica pergunta “você tem seguro pro meu carro? Ele tem “só”12
anos…”
Marcos Cheganças, da Potência
Seguros, diz que as comissões da venda de seguros desse tipo de
veículo são normais. “As dores de cabeça para o corretor são
parecidas com os seguros dos carros mais novos. Não vejo
diferença”, diz ele.
A dificuldade maior é não existir
produtos formatados para esse nicho de mercado. A expectativa de
Cheganças éque a entrada em vigor do seguro popular mude um pouco
esse cenário.
A frota brasileira de veículos é
antiga. Uma parte significativa dela não deveria estar em
circulação. “Penso que a recusa por parte das seguradoras em fazer
esses seguros não ajuda em nada a renovação da frota. O que
contribui efetivamente para a renovação dos veículos são leis mais
severas e fiscalização ostensiva para tirar de circulação os carros
que não tem condições de estar nas ruas”, opina.