Reaberto em 28 de agosto,
o
Hospital
Beneficência Portuguesa voltou a registrar fluxo de
pacientes. Localizado na área central de Porto Alegre, na Avenida
Independência, a poucos metros da Santa Casa de Misericórdia, a
instituição acumula 36 prontuários em 20 dias — uma média de 1,8
paciente por dia. O número contrasta com o passado recente
da
casa
de saúde, que amargou com apenas um ou dois paciente por mais
de meio ano.
De acordo com o diretor-executivo Ricardo Pigatto, a demanda
ainda está bem abaixo da capacidade. O hospital
foi reaberto com 22 leitos de internação e mais
nove para observação.
— Estamos com capacidade ociosa, com leitos sobrando. Queremos
atender a comunidade e desafogar as emergências superlotadas —
afirma.
Sob a administração da Associação
Beneficente São Miguel (ABSM), de Gramado, o
Beneficência Portuguesa abriu as portas voltado a receber pacientes
encaminhados por planos de saúde ou particulares.
— Nossa intenção, porém, é retomar a contratualização com a
prefeitura de Porto Alegre, voltando a atender pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) — ressalta.
Para isso, contudo, é necessário o aval da Secretaria Municipal
da Saúde (SMS). Conforme Pigatto, o assunto já foi tratado com o
secretário, Erno
Harzhein.
— Como proposta de acordo, oferecemos a prestação de serviços
pelo SUS como pagamento do passivo do Beneficência com a
prefeitura. Mas ainda não recebemos uma resposta da administração
municipal — relata.
— Além disso, realizamos 43 novas contratações. Hoje, temos uma
equipe de 125 funcionários, a maioria deles voltado para a
assistência, com os salários em dia — detalha Ricardo Pigatto.
Já o passivo trabalhista herdado da antiga administração está em
negociação na Justiça.
— Os salários em atrasos, como também as demissões indiretas,
estão em negociação na Justiça do Trabalho — garante.
Em 20 dias
36 pacientes atendidos
125 empregados – 82 recontratados e 43 novas
admissões
5 mil refeições servidas (entre pacientes e
trabalhadores)