Novos tipos de seguro reduzem
prejuízo ao pagar seguro enquanto carro está parado
Deixar o carro em casa é
essencial para diminuir os casos de coronavírus pelo país. Porém,
alguns custos do veículo não foram cortados ou reduzidos durante a
pandemia, como o valor do seguro. É aí que uma nova modalidade está
ganhando popularidade entre os motoristas: o seguro "pay per use" -
ou "pague pelo uso", em tradução livre.
A pesquisa World
Insurance Report 2020, feita pela consultoria internacional
Capgemini em 22 países (incluindo o Brasil), indicou um aumento de
produtos "usage based" (quando o motorista paga o seguro automóvel
por quilômetro rodado) passou de 31%, em 2019, para 51% entre
janeiro e fevereiro deste ano, já em meio à
pandemia.
Assim como vários
serviços que fazem parte da nossa vida, o seguro "pay per use" só
cobra quando você utiliza seu carro. Este tipo de seguro está
vigente no Brasil desde agosto de 2019, quando a Susep
(Superintendência de Seguros Privados) permitiu a customização de
planos de seguros com vigência reduzida de contrato e período
intermitente.
Com isso, o
segurado pode contratar a proteção apenas por um período
determinado. É o que acontece com o Instant, produto oferecido pela
seguradora Argo. Segundo a empresa, o público-alvo são os donos de
carros com menor valor. "Nosso foco são os veículos com valor de
mercado até R$ 30 mil e que ainda não tem seguro por conta do
preço.
Seu custo é
muito mais baixo se comparado a um seguro auto tradicional", afirma
Newton Queiroz, CEO e presidente da Argo
Seguros.
Pioneira neste tipo de seguro, a
startup de tecnologia Thinkseg registrou aumento de 250% nas vendas
do seguro pay per use em maio, frente à média mensal do último
trimestre de 2019, quando o coronavírus ainda não havia chegado ao
Brasil.
"Percebemos que a maior demanda está
vindo de pessoas no momento da renovação do seguro auto
tradicional. O preço é o grande atrativo do produto diante da
proteção ampla oferecida ao motorista. O seguro Pay Per Use (PPU)
cobre acidentes, furto e roubo, de acordo com os valores previstos
na tabela Fipe", explica o CEO do Grupo Thinkseg, Andre
Gregori.
A empresa aproveitou a pandemia
para reduzir o valor mensal da assinatura. A taxa fixa é de R$ 25
para veículos populares e são cobrados centavos por quilômetro
rodado.
O seguro PPU é completo e aceita
veículos com valor mínimo de R$ 20 mil e máximo de R$ 300 mil,
presentes na tabela Fipe. Modelos nacionais e importados e com ou
sem blindagem podem ser segurados em todo o território
nacional.
Além de cobertura para roubos
e furtos, o seguro auto Pay Per Use também oferece cobre acidentes
de qualquer tamanho. O PPU conta com uma rede de quatro mil
oficinas e presta atendimento a serviços de socorro mecânico,
guincho, reboque e reparos gerais (como troca de vidro, farol,
lanterna, retrovisor e para-choque). Todos os serviços podem ser
agendados por meio de um aplicativo no smartphone.