Sem vetar nenhum parágrafo do Projeto de Lei 5500/2013 (PL)
aprovado na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff
sancionou nesta segunda-feira (9), o programa que define a
aplicação dos royalties da exploração do pré-sal. A cerimônia, que
ocorreu no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros,
parlamentares, representantes de entidades estudantis e sociedade
civil.
O projeto encaminhado à presidência, destina 25% dos recursos
advindos da exploração petrolífera na camada pré-sal exclusivamente
para a saúde e 75% para a educação. Inicialmente, o projeto do
Planalto determinava 100% para a educação. Outra fonte de recurso
assinada foi a utilização de 50% do fundo social para a saúde e
educação, até que seja cumprida a meta de 10% do Produto Interno
Bruto (PIB) para a educação.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a
importância da presidenta Dilma neste processo que determina a
utilização dos royalties para áreas onde há um clamor popular.
“Dentre os protestos que temos visto, nenhum falou dos royalties
para educação e saúde. Esta é uma bandeira da presidente Dilma”,
falou.
Ao lembrar que este é o primeiro programa que traz novas fontes
de financiamento da saúde, desde o fim da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, destacou a importância do SUS que atende a 145
milhões de brasileiros. "Há ainda uma longa caminhada para que
possamos ampliar e garantir a oferta de atendimento de qualidade
para a população e de melhorar a gestão do SUS. Mas estamos no
caminho certo", disse.
A presidente Dilma Rousseff fez em seu discurso, uma relação
entre o Dia da Independência e a sanção assinada na data de hoje.
Ao tratar da educação, a presidente frisou que o custo da educação
não deve ser tratado como custeio, mas como
investimento. Dilma citou o educador americano que
expressa o custo da educação. "Se você acha a educação cara,
experimente a ignorância. Essa frase, mostra claramente o preço que
se paga por não se ter educação de qualidade para todos",
afirmou.
Dilma agradeceu ao deputado federal André Figueiredo (PDT), que
na Câmara dos Deputados foi relator do Projeto de Lei aprovado no
dia 14 de agosto e, segundo a presidente, conseguiu consenso dos
parlamentares para a aprovação do projeto. "Manifesto aqui, André,
o reconhecimento do governo, a importante e histórica contribuição
dada por você ao financiamento e a sustentabilidade da educação no
Brasil", destacou.
Ao final do evento a superintendente de Integração do Estado de
Rondônia em Brasília - Sibra, Elizete Lionel, comentou a
importância dos recursos que serão destinados aos estados e
municípios por meio da matéria sancionada. "Esta assinatura é um
marco para nosso país. Esta partilha entre educação e saúde vem ao
encontro das principais bandeira do Governo da Cooperação",
comentou.
Lionel lembrou que no mês de maio deste ano foi inaugurada a
Assistência Médica Intensiva 24 horas (AMI), em Porto Velho, e que
em 2012 foram realizadas no Hospital João Paulo II, mais de 40 mil
atendimentos, além de 2.500 cirurgias. Ela também citou a
construção do Hospital de Urgência e Emergências da capital do
Estado. Na área de educação a superintendente apontou os projetos
que estão sendo implementados na Escola Brasília, no Centro de
Ensino de Jovens e Adultos (Ceja) Padre Moretti, e na Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio, Murilo Braga, todas em
Porto Velho.
Os royalties destinados à educação e à saúde se referem aos
novos contratos da União assinados a partir de 03 de dezembro de
2012.
O primeiro repasse dos royalties do petróleo será de R$ 770
milhões e deverá ser feito ainda em 2013, e pode chegar à R$ 19,96
bilhões em 2022. Em 10 anos, serão investidos nas duas áreas, R$
112,25 bilhões no total.