Representantes da indústria
farmacêutica entregaram na quarta-feira (12) ao presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e ao presidente do
Senado, Renan Calheiros, um abaixo assinado com mais de 2,6 milhões
de assinaturas pedindo a redução de impostos para remédios. Para o
presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias
e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, medicamentos devem
ser tratados como mercadorias essenciais, e portanto, devem ser
livres de impostos.
“Nenhum país sério cobra imposto
para medicamento”, disse.
Segundo o deputado Walter Ihoshi
(PSD-SP), que coordena a Frente Parlamentar para a Desoneração de
Medicamentos, enquanto a tributação de remédios no Brasil alcança o
patamar de 34%, em outros paises esse número não passa de 6%. De
acordo com o deputado, a frente busca uma legislação que possa
colocar os medicamentos no patamar da cesta básica, que está zerada
de impostos federais (PIS/Cofins).
Segundo Barreto, há cerca de 20
projetos de lei tramitando no Congresso que tratam desse assunto e
que podem ser tratados com celeridade. Ele também ressaltou
à Agência Brasil que o governo controla o preço
dos medicamentos e seria o responsável por garantir que a isenção
de impostos fosse repassada ao consumidor.
A campanha, encabeçada pela
Abrafarma e pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa
(Interfarma), também vai levar as assinaturas ao Ministério da
Saúde e aos governos estaduais. Segundo Barreto, dos quase 34% de
tributação, cerca de metade são cobrados pelo governo
federal.
Segundo os organizadores do
movimento, a redução dos impostos vai permitir que 50 milhões de
brasileiros que não têm acesso a medicamentos possam comprar esse
produto.
Henrique Eduardo Alves defende que
essa não é uma pauta da frente parlamentar, e sim da Câmara. Ele
pretende criar uma comissão especial para tratar do assunto.
Calheiros também se mostrou favorável à causa e disse que terá a
desoneração dos medicamentos como assunto prioritário do Senado em
2014.