Os planos de saúde
médico-hospitalares perderam 766 mil usuários em 2015, de acordo
com o boletim Saúde Suplementar em Números, do Instituto de Estudos
de Saúde Suplementar (IESS), divulgado nessa
segunda-feira (7). Em 2014, eram 50,50 milhões. No ano
passado, o número caiu para 49,73 milhões, o que equivale a uma
diminuição de 1,5%.
Segundo o
levantamento, a queda foi puxada principalmente pelos contratos
coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus
funcionários. Nesse segmento houve queda de 404,8 mil vínculos, uma
diminuição de 1,2% em relação a 2014. Isso significa que somente os
planos coletivos empresariais responderam por 52,85% de todos os
usuários que deixaram de ter plano de saúde em 2015.
Os planos coletivos
por adesão, que são aqueles firmados por intermédio de entidades de
classe, por exemplo, registraram a saída de 128,7 mil usuários, ou
seja, uma queda de 1,9% do total de vínculos em 2015, em comparação
a 2014. Já o total de usuários de planos individuais ou familiares
caiu 1,6%, o que representa 158,6 mil vínculos a menos que em
2014.
“A saúde suplementar,
da mesma forma que toda a economia brasileira, passa por um momento
difícil por conta da crise econômica", diz o
superintendente-executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, em nota à
imprensa. De acordo com ele, a queda no número de usuários
acompanha uma alta dos custos no setor. Até junho de 2015, a
Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) apurada pelo IESS
teve alta de 17,1% em 12 meses.
O boletim mostra ainda
que os planos de saúde exclusivamente odontológicos foram os únicos
que não apresentaram queda no total de beneficiários. Na comparação
entre 2014 e 2015, o segmento cresceu 3,8%, registrando a adesão de
795,1 mil vínculos.