Alguns deles estão em
negociações avançadas, segundo Irlau Machado, presidente da
operadora
O Valor
Econômico destaca que, apesar das 12 aquisições promovidas
neste ano, a NotreDame Intermédica tem ainda no radar outros dez
ativos, sendo que alguns deles estão em negociações avançadas,
segundo Irlau Machado, presidente da operadora de planos de
saúde.
As aquisições deste ano incluíram
na carteira da operadora 1 milhão de usuários de planos de saúde e
dental. Incluindo os ativos adquiridos, em que alguns processos
estão em aprovação de órgãos reguladores, a companhia possui hoje
4,2 milhões de usuários. Uma das transações de destaque neste ano
foi a compra da Medisanitas por R$ 1 bilhão que marcou ainda a
entrada da Intermédica em Minas Gerais – praça que nos últimos
meses vem gerando forte competição entre Intermédica e Hapvida.
A maior parte das transações
envolve operadoras com hospitais e clínicas. A rede própria da
Intermédica teve um incremento de 859 leitos hospitalares neste
ano. A companhia conta com 26 hospitais, 89 centros clínicos, 23
prontos socorros e 17 centros de medicina diagnóstica, entre
outros.
A verticalização é uma das
principais razões para uma sinistralidade muito inferior à média do
mercado. No terceiro trimestre, esse indicador ficou em 68,6%, o
que representa uma queda de 2 pontos percentuais. Com custos
médicos controlados, o lucro líquido da companhia saltou 97,4% para
R$ 196,8 milhões no terceiro trimestre. A receita líquida ficou em
R$ 2,7 bilhões, alta de 24,1% quando comparado a um ano antes. O
adiamento e cancelamentos de procedimentos médicos nos meses
anteriores do isolamento social foi pequeno no terceiro
trimestre.
“Deste ganho de dois pontos
percentuais na taxa de sinistralidade, 0,5 ponto percentual veio de
procedimentos não realizados anteriormente devido à covid”, disse
Machado. Boa parte do ganho da sinistralidade veio dos exames
médicos que passaram a ser realizados internamente. A operadora
adquiriu o laboratório de medicina diagnóstica Ghelfond, de São
Paulo. “Os exames processados fora são 40% mais caros”, disse o
presidente da companhia.
O lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 43,4% para R$
4558,4 milhões. A margem subiu 2,3 pontos percentuais para 17%. A
despesa comercial aumentou 30% para R$ 143 milhões devido à
intensificação de vendas à pequenas e médias empresas, cuja
sinistralidade é menor, mas demanda maiores gastos comerciais.