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Corretor tem papel importante com novos normativos

Fonte: CQCS Data: 15 julho 2021 Nenhum comentário

Um leque de oportunidades começa a surgir no horizonte para o mercado de seguros brasileiro com a flexibilização que a Susep vem adotando. Novos normativos permitem a criação de produtos mais simplificados, o que, na prática, pode significar que o consumidor tenha um custo mais vantajoso, além dos benefícios que produtos mais personalizados podem proporcionar.

Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne, e Alexandro Barbosa, presidente do Sindseg BA/SE/TO, Antônio Trindade, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) e Danilo Silveira, diretor executivo da FenSeg discutirão na manhã desta quarta, dia 14, algumas dessas oportunidades no webinar “Flexibilização dos Normativos de Seguro: Desafios e Oportunidades para o Setor”.

Antônio Trindade destacou que os normativos foram amplamente discutidos com a Susep. “Demos uma virada importante no sistema regulatório que vinha mais do mesmo há muitos anos. O segurado de grandes riscos é diferente do segurado de massificados, por exemplo, e é  um movimento super bem-vindo e dá aos seguradores liberdade de criar”, ressaltou.

Para ele, as mudanças já começam a ter impacto no mercado à medida que as companhias internacionais que atuam no Brasil começam a importar de outros mercados produtos que possam ser aplicados por aqui. “Teremos aumento de competição, mas não em preço. Era mais fácil trabalhar no ambiente super regulado, mas não trazia inovação e competição”, ressaltou.

O presidente da FenSeg lembrou que ainda existem consultas públicas que estão sendo discutidas. “Solange Vieira está virando a Susep de cabeça para baixo. Esse arcabouço de modernização e tecnologia vai dar ao mercado de seguros um salto enorme”, afirmou.

Silveira disse que seguradoras e corretores de seguros estão atentos a Circular 621 – que estrutura o marco regulatório para seguros de Danos e Massificados e sancionada recentemente pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – assim como a Resolução CNSP 407, voltada para Grandes Riscos e em processo de tramitação.

Para ele há oportunidades nesta circular e fatores que devem ser observados. O executivo destacou como exemplo, a ampliação da oferta de produtos mais variados como produtos intermitentes e também o responsabilidade civil para condutores. “Por isso, o trabalho do corretor de seguros como consultor ganha mais importância. Ele pode analisar e indicar ao cliente o combo de proteção ideal”, ressaltou. O diretor da FenSeg ressaltou também que a simplificação da regulamentação torna o entendimento das regras mais racional.

Ele salientou que a simplificação permite criação de novas cláusulas e até que sejam reescritas para melhor entendimento dos clientes, além da manutenção dos seguros obrigatórios. “O que passa a acontecer é que eles podem ter a cobertura ampliada”, destacou.

Silveira reforçou o fato de que a circular 407 que trata de grandes riscos tem como caraterística fundamental a caracterização do cliente como ter um limite máximo de garantia (LMG) maior que R$ 15 milhões, um ativo total superior a R$ 27 milhões ou faturamento anual acima de R$ 57 milhões.  

Sobre grandes riscos, Trindade destacou que as seguradoras vão ficar livres para desenhar os produtos. Para ele, o poder público sairá ganhando na contratação do seguro garantia. “As seguradoras passam a ter um papel importante para ajudar o poder público a contratar. No seguro de grandes obras está claro no regramento que se os estados não pagarem não caracteriza sinistro”, explicou.

Ele considera como principais pilares da modernização o tratamento diferenciado entre massificados e grandes riscos, a liberdade de estruturação de produtos e a liberdade das seguradoras em decidir se vão manter – ou não – os produtos atuais, entre outros aspectos.  

Um dos participantes questionou Trindade se o novo marco regulatório seria suficiente para alavancar a participação do mercado no PIB. O dirigente da FenSeg aposta que sim.

Para ele, a pandemia trouxe uma conscientização de que é preciso transferir riscos e comprar proteção, mas o país ainda tem problemas e desafios para seguradoras e corretores que terão de aumentar o nível técnico e de conhecimento. “Os corretores precisarão entender quais  seguradoras oferecem o produto que eles querem distribuir. Terá uma seleção natural. Quem poderia imaginar que faríamos seguro intermitente? Tem muita novidade para ser explorada”, prevê.

Trindade também apontou que o corretor de seguros terá papel fundamental na relação entre consumidor e seguradora já que ele é a referência do consumidor. “O corretor vai precisar trazer links para se conectar digitalmente com seu cliente. As seguradoras que estão no sandbox querem pagar sinistro rápido, por exemplo, e o corretor tem papel importante. Ele pode ter parceria com seguradoras e fazer essas conexões de maneira mais rápida”, analisou.

O dirigente da FenSeg acredita que o corretor terá muitas oportunidades no novo cenário. “ O corretor vai se adaptar, buscar novos nichos e consumidores, vai descobrir que tem mercado não explorado. Sou positivo para o canal de corretores daqui para frente”, previu.

Outro assunto abordado por meio de pergunta  respondida por Trindade foi sobre microsseguro. Ele explicou que as seguradoras não conseguiam desenvolver seguros para pessoas de baixa renda porque as companhias não conseguiam conciliar custo com contratação, mas que as novas resoluções vão permitir um impulso desse tipo de seguro até para microempresas. “O PIX hoje é o maior instrumento de transações financeiras entre as pessoas. Acho que vem muita novidade para ocupar esses nichos de micro e pequena empresa e, também, a população de baixa renda que tem necessidades específicas”, disse.

Nesse cenário, Danilo Silveira disse que a estruturação de produto vai ter mais liberdade. “Temos duas resoluções CNSP que acabam se ligando aos normativos e permitindo estruturar produtos para público de microsseguros de forma mais livre. Todo ambiente está estruturado para fazer produtos adequados e usar meios remotos mais modernos. Tem um caminho para se traçar e encontrar os nichos. A parte regulatória está pronta”, enfatizou.

Outro assunto que sempre interessa ao mercado é sobre as associações de proteção veicular. Trindade lembrou que essas empresas estão ampliando a atuação para segmentos de vida e funeral. “Eles entraram no vácuo que deixamos. Com o marco regulatório teremos condições de competir com esse mercado. Várias seguradoras grandes já começaram a vender produtos mais simples e com a imagem que as grandes seguradoras têm vai ser fácil competir contra eles”, disse.

Trindade defendeu que o mercado de seguros precisa melhorar a divulgação dos benefícios que o setor oferece a sociedade. “O marketing positivo é caro, mas precisamos mostrar para a sociedade o tamanho do nosso negócio. Essas coisas estão longe da população”, disse.

Outro ponto abordado e que pode ser uma oportunidade de negócios, segundo Trindade, é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para ele vai acontecer da mesma forma como o seguro D&O que foi crescendo. “O número de ataque de hackers é enorme e eles estão fazendo sequestro da operação e pedindo resgate. LGPD abre perspectivas de vender seguro para empresas que tem receio de roubo de dados”, prevê.

O presidente da FenSeg disse ainda durante o webinar que o DPVAT de 2021 está sendo coberto com o excesso de reservas técnicas e que é suficiente para esse ano. “Já se discute quais as alternativas. Se vai ter ou não um seguro obrigatório, como vai ser. O governo pretende um seguro obrigatório que pudesse ter competição, mas o assunto ainda está em discussão”, revelou.

Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne, e Alexandro Barbosa, presidente do Sindseg BA/SE/TO, fizeram perguntas da audiência para os dirigentes.

 

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