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Seguro popular para carro mal começou e já vai mudar

Fonte: CQCS Data: 30 maio 2016 Nenhum comentário

Alterações na regulamentação vão deixar produto mais atrativo para consumidor

Rio – Com pouco mais de um mês de vida, tendo sido publicado e homologado em 1º de abril, o seguro Auto Popular deve passar por mudanças para ganhar o mercado. Esse tipo de produto tem como foco os donos de veículos com mais de cinco anos de uso e veio com a promessa de baratear o preço da apólice em 30%. Isso porque permite a utilização de peças de reposição usadas. Também reduz a cobertura de alguns itens, como vidros, lanternas, faróis, além de limitar o uso de reboque, por exemplo.

Mas, segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entidade que representa o setor, pode haver dificuldade em achar peças de reposição, o que pode ser entrave para quem contratar o serviço. “Além das peças usadas, é preciso autorizar o uso de peças novas que atendam as especificações dos fabricantes de veículos”, avalia João Francisco Borges da Costa, presidente da federação.

Segundo ele, não existe volume de peças de segunda mão para atender às futuras demandas. Costa cobra aperfeiçoamento das diretrizes da resolução.

O presidente da CNseg, Marcio Serôa de Araújo Coriolano, faz coro com Costa. “A utilização de peças usadas obtidas com empresas de desmontagem de veículos poderá não ser suficiente para atender à demanda do mercado”, acredita.

De acordo com corretores, o Auto Popular encontra outras barreiras para não deslanchar. Entre elas a falta de um depósito para concentrar e catalogar as peças para atender à demanda das seguradoras, conforme prevê a Lei do Desmanche. “O mercado ainda não compreendeu que ele é um seguro tradicional com a ausência de serviços e coberturas para baratear o custo”, explica Marcelo Souza, da Flap Corretora de Seguros.

Segundo ele, o seguro chega em um momento de baixa expectativa de negociações das apólices tradicionais e as expectativas de comercialização são muito boas. Já para Arley Boullosa, da Shelter Administradora e Corretora de Seguros, a falta de um centro técnico que concentre as peças usadas e catalogadas, conforme determina a lei do desmanche, dificulta o trabalho das seguradoras. “É preciso que todas as seguradoras se juntem para criar um centro técnico para catalogar as peças e isso é difícil”, informa Boullosa.

Modalidade é alternativa para quem tem carro com dez anos de uso

O seguro Auto Popular agora é uma alternativa para quem tem carro usado, principalmente no caso de veículos com mais de dez anos de uso, mas eles poderão ser contratados por veículo de qualquer idade. No entanto, os modelos mais antigos não costumam ser aceitos por seguradoras ou os valores das apólices são elevados, inviabilizando a contratação. A expectativa é que os preços de seguros fiquem mais acessíveis, atraindo segurados que hoje assumem o risco.

A associação aconselha a ter cuidado diante da permissão para utilização de peças usadas. “Há obrigação do uso de peças originais recondicionadas. Elas devem ser oriundas de empresas de desmontagem especializadas e regulamentadas, conforme lei específica, para a recuperação de veículos sinistrados com cobertura securitária”, diz Gisele Rodrigues, técnica da Proteste e especialista em seguros.

“É essencial que o consumidor tenha a garantia do bom estado da peça de segunda mão e da forma como a mesma será colocada no veículo”, alerta a especialista.

Todos podem ter o seguro mais em conta

Em vigor desde 1º de abril deste ano, o Auto Popular não será restrito à parcela da frota nacional de veículos que tem mais de cinco anos de uso. Qualquer segurado dono de automóvel poderá optar pelo novo produto, desde que seja avisado que os reparos serão feitos com peças usadas ou seminovas. Apesar do foco ser os donos de veículos mais antigos, outros motoristas poderão se beneficiar do preço mais em conta da apólice.

O Brasil tem hoje 42 milhões de veículos em circulação, entre carros, caminhões e ônibus. Desse total, 37% têm até cinco anos de uso, 30% são veículos com idade entre seis e dez anos e 15% são os que possuem entre 11 e 15 anos. Os veículos com mais de 20 anos estão na casa dos 5% e são justamente esses veículos que se encaixam no Auto Popular.

De acordo com o presidente da FenSeg, João Francisco Borges da Costa, mercado e seguradoras veem na modalidade uma alternativa que permitirá o acesso da parte da população que não tem dinheiro para contratar seguro. Ele admite que o desafio é significativo.

“Vislumbramos um mercado potencial de cerca de 20 milhões de veículos, mais do que temos hoje em volume que está segurado”, complementa o presidente da FenSeg.

 

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