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Após choro e desespero, seguro escolar vira alívio a pais desempregados

Fonte: Folha de São Paulo Data: 22 novembro 2016 Nenhum comentário

A irmã Márcia Aparecida Brito, diretora da escola Jesus Maria José, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista, conta que, neste ano, chegou a atender cinco famílias na mesma semana em busca de seguro educacional por causa de desemprego. Em 2015, essa quantidade de procura não ocorria nem em um mês.

“Alguns pais chegavam chorando na escola sem saber o que fazer e, quando conheciam o seguro, iam embora chorando de alegria pela tranquilidade”, diz ela. “A gente entende que o seguro é bom para a escola e também para os alunos.”

O produto adotado cobre três mensalidades. Garante a continuidade do mesmo serviço –se o aluno estuda em tempo integral, seguirá nessa modalidade, por exemplo.

A escola conta com o seguro desde 2012, mas a partir deste ano ampliou a cobertura para as outras onze unidades pelo país. Agora, são 6.000 alunos segurados.

A contratação custou entre 1% e 2% por mensalidade. Segundo a direção, o valor é absorvido na planilha de custos das escolas.

Na educação básica, o seguro contra o desemprego é vinculado ao responsável financeiro –em geral, os pais dos alunos. Isso também pode ocorrer no ensino superior, mas é menos comum, segundo corretoras e escolas.

Até setembro, o valor gasto com seguros educacionais foi de R$ 34 milhões em todo país. Já é 19% superior ao total registrado em 2015 –em valores atualizados pela inflação.

Comparando setembro com o mesmo mês do ano passado, a alta é de 62%. Os dados são da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

As empresas seguradoras que oferecem o ramo educacional já pagaram, até setembro deste ano, R$ 24,4 milhões em indenizações. É mais que o dobro do pago até setembro de 2015, quando as indenizações somaram R$ 12,1 milhões (em valores corrigidos pela inflação), segundo estatísticas da Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia do Ministério da Fazenda.

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NECESSIDADE

O analista de sistemas Fábio Luiz da Silva, 43, perdeu o emprego em julho deste ano, após 26 anos de trabalho na mesma empresa. Foi o seguro educacional que garantiu a manutenção dos dois filhos na escola dirigida pela irmã Márcia, o que lhe deu estabilidade para procurar emprego.

“Estou mandando currículos, ainda não consegui uma oportunidade, mas esses meses de mensalidades pagas dá um alívio momentâneo para procurar emprego”, diz Silva, morador da zona sul da cidade de São Paulo.

Até agora, Silva não cogita transferir os filhos para a rede pública e gratuita. “Pelas dificuldades que o ensino público tem, vale o esforço para tentar oferecer uma educação melhor para eles”, diz.

De acordo com a Fenep (Federação Nacional de Escolas Particulares), cerca de 10% dos alunos deixaram as escolas particulares no início de 2015 e 2016. “Também houve transferências para escolas particulares mais baratas”, diz Amábile Pacios, da Fenep.

Aos 36 anos, a profissional de recursos humanos Fabiana Mello nunca tinha ficado desempregada. Com a crise, a empresa do setor automotivo em que trabalhava promoveu um grande corte e ela acabou desempregada em julho deste ano.

‘ALÍVIO’ No mês seguinte, as mensalidades de R$ 546 na escola do filho Victor, 12, já estavam garantidas pelo seguro. “Sou divorciada e a única com renda na família. Quando percebi que meu filho estava garantido, deu um alivio”, diz. O menino estuda com bolsa no colégio Anchieta, em São Bernardo do Campo.

O “alívio” foi essencial para conseguir um reposicionamento no mercado de trabalho antes mesmo de o prazo de seis meses do seguro vencer. “Dei sorte de conseguir me recolocar rapidamente, tenho amigos que estão há meses procurando.”

Para Muricio Della Gatta, da corretora QH Care, com 520 instituições no portfólio, tem havido uma mudança de planejamento nas escolas. “Não é só a crise, mas a cultura de prevenção vem melhorando”, diz.

 

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